Ainda hoje, mesmo com tantas informações, pessoas com HIV sofrem exclusões sociais como no início da pandemia da AIDS, talvez pela falta por referências reais de pessoas vivendo com HIV no seu dia a dia, o que dá vazão aos estereótipos como os da década de 80 e 90 que tinham como referências brasileiras Cazuza e Renato Russo, que de fato, morreram vítimas da AIDS. Antes de um diagnóstico, pessoas são pessoas! Portadores doHIV estão vivendo suas vidas, se relacionando, tendo filhos, construindo sonhos e amando.
A chance de você já ter se relacionado com alguém com HIV e não saber é enorme, uma vez que hoje, cerca de 960 mil pessoas estão vivendo com HIV/AIDS, sendo que quase 700 mil estão em tratamento, fazendo com que as pessoas tenham uma vida como qualquer outra.
No dia a dia, durante os atendimentos, percebo o quanto o acolhimento de pessoas que vivem com HIV segue para além da escuta. Quando assumi minha sorologia publicamente, entendi que ser essa pessoa que tem vivências semelhantes se torna essencial, muitas barreiras são quebradas quando se tem um profissional que passou e passa por experiências semelhantes.
Ainda hoje a prevenção a IST’s é uma questão social, a falta de acesso a informações, testes e métodos preventivos faz com as infecções afetem mais pessoas.
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