Quando falamos sobre paternidade, o que vem à sua cabeça?
Ausência, violências, aparecimentos apenas em “ocasiões especiais” estão na sua lista mental?
Exercer uma paternidade ativa é desafio quando 15% dos lares brasileiros são chefiados por mães solo. A evasão dos cuidados com os filhos é uma realidade presente - inclusive na midia. Ter um pai que não cuida é “normal”.
Mas e quando esse pai, de fato, paterna? hoje, queremos falar sobre a paternidade ativa.
Impossível discutir as figuras paternas sem falar sobre papéis de gênero. Pela ótica machista, ser homem é ser forte, não chorar, ser o provedor e não o responsável por cuidar da casa. Esses estereótipos são limitantes e prejudiciais tanto para os pais quanto para us filhes.
Limitando formas de demonstrar o afeto advindo da paternidade, enquanto sobrecarrega a mãe.
Falar sobre a importância da paternidade com liberdade, sentimento e autocuidado é um passo fundamental para a desconstrução de alguns padrões de comportamento que mais interferem na relação familiar do que contribuem para que ela seja o que deve: um local seguro, afetuoso e respeitoso.
Ser pai é muito mais do que prover financeiramente; é estar presente de verdade na vida dos seus filhos. Enquanto as mulheres costumam viver de sete a oito anos a mais do que os homens por cuidarem mais de sua saúde, os homens, por outro lado, enfrentam uma realidade preocupante. No primeiro semestre de 2022, por exemplo, foram realizadas 1,2 milhão de consultas com ginecologistas para mulheres, enquanto apenas 200 mil homens procuraram urologistas. Essa negligência pode ter consequências graves: 78% dos suicídios são cometidos por homens, que apresentam um risco 3,8 vezes maior de morte por suicídio do que as mulheres.
Cuidar de si é fundamental para poder cuidar dos outros. Homens precisam ir ao médico para exames de rotina, tomar suas vacinas e cuidar da saúde mental. Terapia não é sinal de fraqueza, mas um espaço seguro para dialogar sobre sentimentos e se autoconhecer.
No Brasil, a parentalidade é uma questão séria. Em 2020, 6,31% das crianças foram registradas apenas com o nome das mães, um reflexo do abandono paterno. Mães solo representam 17,4% das famílias brasileiras. É hora de mudar esse cenário.
Realizar tarefas da escola, ir às reuniões, trocar fraldas, dar banho, colocar os filhos para dormir e compartilhar as responsabilidades domésticas são ações essenciais para exercer uma paternidade ativa.
Para mais informações, você pode consultar a cartilha "Como exercer uma paternidade ativa", feita pelo Ministério da Saúde.
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