Qual a ideia que você têm sobre o amor?
Provavelmente, do que te ensinaram sobre. Heterossexual, cisgênero, formado por duas pessoas: que namoram, casam, têm filhes e passam uma vida juntes. E a problemática não é essa, caso não seja imposta e - verdadeiramente - sua. O problema é quando colocada como a única maneira.
A não-monogamia é um termo guarda-chuva. Para definir possibilidades de afeto que saiam da lógica monogâmica, isto é, questionando o patriarcado, capitalismo e posse, geralmente impostos nessa forma de relacionamento.
Não significa se relacionar com mais de uma pessoa (isso é acordo de cada ume). Mas sim se opor ao controle, ciúmes, posse e toda a problemática criada e atrelada à monogamia. Todas as formas de afeto são válidas e não significa "ser mais evoluído" que u outre. Um relacionamento não monogâmico também pode cair nas mesmas problemáticas questionadas em uma relação monogâmica.
Como todo relacionamento, as formas de afeto não monogâmicas possuem termos e, responsabilidades acordadas entre as pessoas envolvidas no relacionamento. O não hierarquizar relações também é uma pauta muito frequente nas relações não-mono.
Repensar a monogamia é importante!
E não necessariamente precisa estar fora dela para ser questionada. Prezar por formas de respeito, equidade de tomadas de decisão, conforto, liberdade e afetos que não prendam ninguém de ser quem é, significa não se anular para estar com alguém! E vale para tudo: relações familiares, amigues, colegas de trabalho, vizinhes, o amor romântico ou não-romântico!
No fim, questionar padrões limitantes, abusivos e ações inaceitáveis, mas já normalizadas em nossa sociedade é um exercício de todes. A forma de afetos para além da monogamia são valides e devem ser respeitades! Por mais formas de amor, respeito e compromisso!
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