Seja para cuidar de nós, refletir, estudar ou descansar, é importante que tenhamos momentos onde nossa companhia sejamos nós mesmos.
Mas sua escolha de ficar sozinhe tem a ver com a necessidade destes momentos ou com o medo de se relacionar com outros grupos?
Desde a infância, exercemos nossa comunicação social, seja em trocas com a família, amigues e colegas da escola, vizinhos, ou demais indivíduos. Com o tempo, vamos adquirindo experiências quanto as relações sociais desenvolvidas e na existência de casos negativos; podemos desenvolver certos traumas em relação a socialização.
De acordo com o Instituto de Psicologia Aplicada (INPA), o desprezo dos pais, por exemplo, pode desencadear sentimento de insegurança em relacionamentos futuros; afetando a forma como enxergamos não apenas uma mas todas as relações sociais que venhamos a desenvolver.
Quando falamos sobre as violências estruturais vivenciadas nas interações sociais, pensamos em como elas, aos poucos, acabam desencorajando ou desestimulando nossa vontade de estabelecer uma comunicação com grupos desconhecidos. Isso traz a tona um pensamento que há meses publicamos aqui: É timidez ou silenciamento?
Para continuar desenvolvendo conexões sociais saudáveis e ao mesmo tempo respeitar seus limites e preferências, é necessário refletir sobre os próprios comportamentos e quais suas motivações, e nestes casos, a psicoterapia pode ser uma grande aliada.
Sua vontade de ficar em casa sozinhe, de não ver amigues, ou conhecer pessoas novas nasce de uma vontade genuína de ocupar seu tempo com outras atividades ou está vinculada a uma proteção para não revisitar violências ou rejeições que são possíveis apenas em interações sociais?
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