Eu sei, pergunta complicada.
É comum recebermos em um único dia, vários casos onde a justiça utilizou de todas as brechas possíveis para inocentar e prestar cuidado ao homem branco e rico enquanto dobra seus esforços para condenar a mulher, o pobre, o negro ou o LGBTQIAPN+.
Quando você faz parte de um ou mais desses grupos, a sensação de segurança e justiça existe? Que sentimentos isso causa?
Olhando para o contexto histórico brasileiro, percebemos como a estruturação patriarcal fez com que os cargos de poder, liderança e influência do país fossem ocupados majoritariamente por homens brancos com grande poder aquisitivo.
Grupo este, que ao ficar responsável por criar e discutir novas leis, refletiram na justiça seus interesses pessoais.
Reconhecer aliados é fundamental na busca por mudança, incentivar a presença de pretos, pobres, mulheres, LGBTQIAPN+ na política, é essencial para que nossos direitos sejam considerados e garantidos pela lei. A representatividade vai além do personagem da novela (mesmo que ele também seja importante nessa luta).
Não existe transformação social real sem dialogar dados de saúde pública, integral ou política. Sentimos as violências: e muito!
Com explicação social para isso.
Falando sobre saúde mental: os números não mentem e são reflexos dessa política. Segundo a Agência Brasil, 83,1% dos casos de mortes por violência policial são contra pessoas negras. A taxa de desemprego é maior para pessoas negras (11,3% pretos, 10,1% pardos, enquanto a população branca está em 6,8%).
Segundo o @instituto_ethos , 57% da população LGBTQIAPN+ que possuem ocorrências de autoviolência são pessoas negras. A propabilidade de uma pessoa LGBTQIAPN+ cometer suicídio é cinco vzes maior que uma pessoa hetero.
No post de hoje, resolvemos trazer algumas reflexões sobre como a justiça foi construída no Brasil e como suas ações impactam diretamente a nossa saúde mental, principalmente quando fazemos parte de um grupo historicamente minorizado. E você, sente que a lei te protege?
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